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02/02/2009
No marco do Fórum Social Mundial organizações juvenis realizam Encontr
 
 

 
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Na terra onde se dança o Carimbó e come Açaí com farinha de tapioca, bebe suco de Taperebá e produz a cerâmica Marajoara, Belém é considerada por muitos a porta de entrada da Amazônia. No contexto do Fórum Social Mundial, jovens de diversas organizações ecumênicas organizaram o Encontro Ecumênico de Juventude (Encuentro Ecuménico Juvenil, sigla em espanhol), realizado na capital paraense entre os dias 25 e 26, antecipando o Fórum Social Mundial. O evento que aconteceu na Igreja Anglicana teve dois temas centrais ‘Fé e Política’ e ‘Violência Juvenil e Direitos Humanos’.
A iniciativa do Encontro foi fruto do dialogo entre a Federação Universal de Movimentos Estudantis Cristãos (WSCF, sigla em inglês), Associação Cristã de Moços (YMCA, Aliança Latino Americana e Caribenha), Pastoral de Juventude do Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI), Programa Jovens em Missão do Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e Caribe (CIEMAL), Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e da Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina e Caribe (AIPRAL).

No domingo (25), o Encontro teve início com a Oficina Fé e Política, na qual participou a ex-ministra do Meio Ambiente e atual senadora, Marina Silva, que é da Igreja Assembléia de Deus. Na mesa também esteve presente o teólogo chileno, Juan Navarrete, da organização católica Ameríndia, e representantes da Pastoral de Juventude do CLAI, quem coordenaram o momento.

O objetivo da Oficina era gerar um espaço de reflexão e intercâmbio coletivo sobre as práticas vinculadas ao binômio fé-política, oferecer ferramentas para a reflexão bíblico-teológico e promover estratégias de incidência pública e política. Na ocasião, a senadora Marina felicitou a iniciativa da juventude e afirmou que a igreja deve uma mensagem para todos. Durante o Encontro ela fundamentou biblicamente a participação cidadã dos cristãos e falou sobre sua trajetória na política.

Na segunda-feira, 26, o diretor executivo do Instituto de Estudos da Religião (ISER), Pedro Strozenberg, trouxe o panorama das políticas publicas para juventude no Brasil e os dados da violência em vários países da América Latina. Com a exposição de Strozenberg foi possível ter elementos para compreender o tráfico, a milícia e a distinção entre a violência e a sensação de perigo. “Há uma diferença entre os dados da violência e a sensação de perigo”, afirma ele. No Rio de Janeiro, 20% da população vivem nas 824 favelas, representando 1,3 milhões de pessoas. E a violência armada é o principal fator de morte de jovens no Brasil. “A violência não é a causa, mas a ausência de políticas de educação, trabalho, etc.”

Durante à tarde os participantes compartilharam as agendas de trabalho e o perfil de cada organização a fim de propiciar ações conjuntas. Jovens da Armênia e Índia convidados pelo Conselho Mundial de Igrejas também dialogaram sobre o trabalho que desenvolvem em seus respectivos países.

O Encontro teve a participação de aproximadamente 50 participantes dos seguintes países: Armênia, Bolívia, Brasil, Índia, Suíça, Uruguai, Porto Rico, Chile, Colômbia, Canadá e das igrejas de Belém.
 
 
 
 


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