Da mesma forma como o mundo celebra o natal e dá boas vindas ao ano novo, Israel bombardeia Gaza como o mais violento e mortífero ataque aéreo desde 1967 matando mais de 388 pessoas dentre elas aproximadamente 46 crianças e 16 mulheres, ferindo outros 1750.  

Os oficiais israelenses anunciam que este é apenas o começo de algo pior que está por vir.

Desde a ocupação de West Bank e Gaza em 1967, os palestinos tem presenciado assassinatos diários, sofrimento, falta de suprimentos demolições de casas a o mundo parece estar cego para as atrocidades da mais longa e terrível ocupação,um “holocausto”, da história contemporânea.

Israel quebrou todos os acordos e lança ataques sobre Gaza, justificando a matança de 388 pessoas como retaliação por dois israelenses mortos por foguetes palestinos. Desde sábado, os foguetes israelenses têm golpeado locais vitais, incluindo farmácias, hospitais, mesquitas, universidades, casas de civis e até o uma base de polícia onde um grupo estava sendo graduado. Embora Israel anuncie que terminou sua ocupação de Gaza, contudo desde o começo de 2007, Gaza esteve sob o cerco, com todas as fronteiras fechadas. 

À exceção de alguns dias aleatórios, a eletricidade foi cortada diversas vezes, por semanas, assim como gás, e a entrada de suprimentos alimentares foi negada de forma a potencializar um desastre médico e humanitário sério.

As agências de ajuda humanitária denunciam: “O cerco em curso na faixa de Gaza ocasionou destruição de estruturas para atendimento médico que são incapazes de suprir as necessidades das centenas de pessoas. Isso tende a fazer crescer o número de mortos. De acordo com oficiais israelenses, é apenas o começo de uma ofensiva militar aberta em Gaza.

É imperativo que a comunidade internacional não se cale diante os movimentos de Israel que levam a uma situação de impunidade.”

Nós conclamamos as Nações Unidas a reforçar os princípios com os quais foi fundada e tem registrado em seus anais, fazendo valer o inalienável direito do povo palestino e acabar com a ocupação israelense da Palestina e terras árabes.

As ACF da Palestina e a ACM do Leste de Jerusalém lamenta a morte de civis inocentes e ora para que suas almas descansem em paz e conclama:

1. Que todas as ACMs e ACFs e organizações parceiras ao redor do mundo organizem vigílias de oração com velas em respeito às almas dos mortos inocentes desse conflito.

2. Todas as ACMs e ACFs, e organizações humanitárias e de direitos humanos, e da mesma forma as organizações não governamentais e a comunidade internacional advoguem junto aos seus governos para que Israel seja pressionada a parar os ataques que estão massacrando inocentes.

3. Que todas as ACMs e ACFs ao redor do mundo pressionem para que o Conselho de Segurança da ONU realize reuniões de emergência para definições de ações concretas, incluindo a imposição de sanções para que Israel cumpra com as obrigações previstas nas leis humanitárias internacionais.

4. Apoiar que os líderes políticos israelenses sejam levados a corte internacional em razão dos crimes de guerra que estão cometendo antes que seja tarde e a situação se converta em uma escalada generalizada da violência.

Publicado em 31 de dezembro de 2008